Rota do rio Seia vai prolongar-se até Oliveira do Hospital

O percurso da rota do rio Seia vai prolongar-se até ao limite do concelho vizinho de Oliveira do Hospital. O anúncio foi feito hoje por Luciano Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Seia, durante a inauguração deste percurso, que tem início no centro de Seia e faz a ligação entre as diversas aldeias historicamente ligadas ao rio: Santiago, Folgosa do Salvador, Santa Comba, Sameice e Pereiro, com términus em Vila Verde.
Numa extensão total de 15,6 quilómetros, que pode ser realizada a pé ou de bicicleta, a rota no vale do rio Seia vai ter continuidade após o Açude do Pífaro até ao limite do concelho vizinho, seguindo assim o seu trajeto pela margem do rio desde Vila Verde a Travancinha.

A candidatura “já foi aprovada” e a reabilitação vai ter o mesmo enfoque do que foi feito até aqui: recuperar as galerias ripícolas, os açudes e as margens e depois de tudo limpo trabalhar nos acessos para garantir segurança aos utilizadores.
Para melhor conhecer as belezas e os recantos que o rio oferece, o autarca espera depois trabalhar com o Município de Oliveira do Hospital na ligação deste percurso ao já existente naquele concelho.
Luciano Ribeiro desafia os habitantes das aldeias servidas pelo rio a serem “fiscais” de toda esta natureza e beleza, sublinhando que desde que a rota está acessível “os focos pontuais de poluição reduziram”.
A cerimónia contou com a presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que enalteceu as parcerias estabelecidas em benefício das pessoas e valorizou também a beleza do percurso e a sua funcionalidade, aluindo ao facto de servir e passar nas povoações, um “convite para a vivência destes territórios”. Considerou “o troço muito bem desenhado”, por equilibrar “bem as valências para o turismo”.

A intervenção no vale do rio Seia surgiu na sequência dos incêndios de 2017, com a recuperação da galeria ripícola. Seguiu-se uma candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural – PDR 2020, destinado à dinamização das aldeias, através da criação do atual circuito pedestre e ciclável.
O investimento total foi de 277 mil euros, financiado em 80% pelo PDR 2020, respeitante a 150 mil euros, tendo contado nesta última fase com o apoio de 80 mil euros do Fundo de Emergência Municipal, para suportar os danos num dos passadiços, causados pelo incêndio florestal de 2022.
A rota assenta, sobretudo, em caminhos já existentes, “interligando as canadas, os caminhos tradicionais” e, onde tal não foi possível, foram construídos pequenos troços de passadiços e uma ponte fixa, “para tornar este circuito mais acessível, sempre ligado ao que mais interessa que são as pessoas mais próximas ao rio”, referiu Luciano Ribeiro.
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