Dakar’2024: Seia participa com dois pilotos
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Mário Patrão venceu classe dos veteranos e obteve em 2023 o 3º lugar na Original by Motul

Os pilotos do concelho de Seia, Mário Patrão e Paulo Oliveira, vão participar na 46ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, que se disputa de 5 a 19 de janeiro de 2024.

Mário Patrão (KTM), que está inscrito nas duas rodas, volta a competir sem assistência.

O piloto, natural de Paranhos da Beira, completou com sucesso a sua participação na última edição do Dakar, vencendo entre os veteranos e acabando num magnífico terceiro lugar entre os concorrentes da Original by Motul, o enorme desafio para os que se aventuram a disputar a mais importante competição mundial de todo-o-terreno sem assistência externa.

Na edição de 2023, Mário Patrão, que participou pela oitava vez na mítica prova, foi o melhor português e o único a chegar ao fim nas motos.

Paulo Oliveira quer vencer uma das 15 etapas

Paulo Oliveira vai competir no Dakar Clássico ao volante de um UMM, tendo como copiloto Arcélio Couto. Ambos já têm experiência nas motas.

Na sua terceira participação no Rally Dakar, Paulo Oliveira tem como meta vencer uma das 15 etapas da edição do próximo ano da prova.

Para o piloto senense, que compete com licença moçambicana, “é mais um desafio” tendo em conta a nova modalidade em que vai participar, referindo que o Dakar Clássico “é uma classe com dureza e feita com carros que têm as mesmas características de há 25 anos. Vamos para uma competição aguerrida e que todos querem ganhar”, sublinha.

Ainda assim, Paulo Oliveira não desfalece e traça suas próprias metas: “nossa meta é ganhar uma das 15 etapas e trazer a medalha de finalização da prova, porque chegar à final já é uma conquista para ver a nossa bandeira erguida e podermos nos orgulhar de termos estado num Rally Dakar e com as provas finalizadas”, perspetiva.

Para além de querer terminar a prova e vencer uma das etapas no Rally Dakar de 2024, Paulo Oliveira quer, também, subir na classificação final em relação às duas últimas participações. Entretanto, reconhece que não será tarefa fácil tendo em conta que a preparação iniciou tardiamente devido à chegada tardia do carro, que só esteve disponível em Outubro.

Paulo Oliveira nasceu em Seia há 50 anos e, além de um dos mais antigos pilotos profissionais em Moçambique, é administrador do Grupo Salvador Caetano naquele país africano.

Etapa Maratona de 48 horas

A prova, que pelo quinto ano se disputa na Arábia Saudita, arranca em Al-Ula com um prólogo no dia 05 e termina em Yanbu, no dia 19, após 7.881 quilómetros, 4.727 dos quais (cerca de 60% do total) serão cronometrados.

O diretor desportivo da prova organizada pela Amaury Sport Organization (ASO), o francês David Castera, considera que será “a mais dura” das cinco disputadas em solo saudita.

A contribuir para essa descrição estão os 584 quilómetros da sexta etapa, dividida em dois dias (6A e 6B), em que os pilotos deverão parar às 16:00 horas num dos oito acampamentos montados para o efeito ao longo do percurso, em que não terão qualquer comunicação com o exterior.

Nessa etapa maratona, os concorrentes dormirão em tendas fornecidas pela organização e não terão assistência exterior.

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