Publicidade

Município ocupa o 162º lugar entre os 186 concelhos com mais de 10 mil habitantes. Capital Humano e Produtivo são as áreas mais frágeis. Cultura e Entretenimento e Habitação revelam bom desempenho.

Seia surge em 162º lugar no mais recente Ranking de Competitividade Municipal, que avalia o desempenho de 186 municípios portugueses com mais de 10 mil habitantes. O estudo, elaborado pelo Instituto Mais Liberdade, mede a atratividade dos territórios com base em vários indicadores económicos, sociais e de qualidade de vida.

Nas categorias mais críticas, Seia apresenta um fraco desempenho em Capital Humano (172º) e Capital Produtivo (169º), indicadores que refletem, respetivamente, fatores como a qualificação da população e a capacidade económica do concelho. Também em Rendimentos Familiares (141º), Serviços Essenciais e Ferrovia (136º), Proteção e Justiça (130º), Fiscalidade e Endividamento Autárquico (126º) e Competitividade Envolvente (118º), Seia posiciona-se nas zonas mais baixas da tabela.

Por outro lado, há áreas onde o concelho revela melhor desempenho. Cultura e Entretenimento (23º lugar), Habitação (27º) e Saúde (45º) colocam Seia na zona verde do ranking, com Educação (61º) em nível intermédio (amarelo).

Municípios vizinhos melhor posicionados

o contexto regional, os municípios vizinhos apresentam posições mais favoráveis. Mangualde lidera entre os mais próximos, ocupando o 53º lugar, seguido de Covilhã (66º), Oliveira do Hospital (85º), Nelas (87º), Arganil (128º) e Gouveia (152º).

A nível nacional, o topo do ranking é dominado por Lisboa, Oeiras e Porto, seguidos de Coimbra, Aveiro, Cascais, Maia, Alcochete, Funchal e São João da Madeira.

O índice é construído a partir de 11 categorias de competitividade, com base em dados públicos e comparáveis (como os do INE, Pordata e outras fontes oficiais), organizadas em três grandes dimensões: Famílias e Empresas (50% do peso total), Serviços, Infraestruturas e Governação Local (40%) e Competitividade Envolvente (10%).

A Competitividade Envolvente avalia a influência dos municípios vizinhos num raio de 50 km, ponderando a sua classificação e distância, o que também penaliza concelhos do interior com menos massa crítica à sua volta.

Segundo o Instituto Mais Liberdade, o ranking pretende “oferecer informação clara e comparável a cidadãos, empresas e decisores públicos, identificando padrões, boas práticas e fragilidades que permitam decisões mais informadas e fundamentadas”.

O estudo sublinha ainda que os resultados confirmam um padrão estrutural, com os primeiros lugares a serem ocupados por grandes municípios do litoral, enquanto os do interior e regiões autónomas continuam a ocupar o fundo da tabela, refletindo desigualdades de escala, acessibilidade e centralização.