PJ da Guarda detém dois suspeitos por burlas de quase 2,6 milhões de euros

A Polícia Judiciária da Guarda deteve duas pessoas suspeitas da prática de crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais, num total estimado de prejuízos que ultrapassa os 2,6 milhões de euros.
As detenções ocorreram fora de flagrante delito, em dois casos distintos, que estão agora a ser investigados sob a direção do Ministério Público da Guarda.
Num dos casos, foi detida uma mulher suspeita de ter burlado cerca de 300 vítimas através de esquemas fraudulentos de investimento em criptomoedas divulgados na rede social “Telegram”. Os crimes terão rendido à suspeita cerca de 1,8 milhões de euros, que eram depois dispersos por “18 contas bancárias distintas, em nome próprio, de familiares e de terceiros”, refere o comunicado da PJ.
A atividade criminosa “apenas cessou” com a intervenção da Polícia Judiciária. A mulher será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.
No outro caso, foi detido um homem de 52 anos que, desde 2012, se terá aproveitado da sua atividade como mediador de seguros para convencer clientes a investirem em aplicações financeiras das instituições às quais estava ligado.
Segundo a investigação, “os investimentos não chegavam a concretizar-se, vindo este a apoderar-se dos respetivos montantes – cerca de 800 mil euros –, dissipando-os posteriormente através de contas bancárias de familiares”.
A investigação teve origem numa queixa cujo dano atingiu os 300 mil euros, tendo já sido identificadas cerca de duas dezenas de vítimas. O detido será igualmente presente a tribunal para primeiro interrogatório.
Ambas as investigações prosseguem com vista ao total esclarecimento dos factos e identificação de todas as vítimas.