CPCJ de Seia recebeu 135 comunicações sobre crianças e jovens em risco
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Seia recebeu, no ano de 2024, 135 comunicações de perigo, a maioria por exposição a situações de violência doméstica e negligência.
Os dados fazem parte do resumo do Relatório Anual de Atividades da CPCJ de Seia, apreciado na última Assembleia Municipal.
De acordo com o documento a que o Seia Digital teve acesso, no ano de 2024 deram entrada na CPCJ um total de 135 processos, tendo a intervenção dos técnicos cessado em 68 processos. No final do ano passado, a CPCJ de Seia tinha um total de 67 processos ativos.
As situações de perigo mais comunicadas à CPCJ estiveram relacionadas com “exposição a comportamentos que possam comprometer o bem-estar e desenvolvimento da criança” (casos de violência doméstica, associados ao consumo de álcool e de estupefacientes), com 42 comunicações, seguida da negligência, com 35 sinalizações, e 21 processos em que a criança ou jovem “assume comportamentos que afetam o seu bem-estar e desenvolvimento”.
A faixa etária com maior índice de sinalizações na CPCJ situa-se entre os 11 e 14 anos, com 27 processos; dos 6 aos 8 anos, com 22 processos; e dos 15 aos 17, com 19 processos. Houve também processos envolvendo crianças até aos dois anos (16 casos), dos 3 aos 5 anos de idade (17), dos 9 aos 10 anos (13) e dos 18 aos 21 anos (10).
Houve também ao longo do ano o acompanhamento de quatro crianças e jovens com deficiência.
De acordo com o documento, “não há diferenças significativas no número de processos de crianças e jovens do sexo masculino e do sexo feminino”.
Quanto à nacionalidade, na área de intervenção da CPCJ de Seia “é notório o crescimento de crianças e jovens acompanhados de nacionalidade brasileira”.
As entidades que mais sinalizações fizeram à CPCJ de Seia foram as autoridades policiais (56 comunicações), seguida dos estabelecimentos de ensino (25), anónimos (14) e Equipa RSI/SAAS de Seia (9).
