A confissão do Primeiro-ministro e as diabruras do governo


Senense Franco-Lusa apaixonada por Seia. Jurista. Mãe de 3 filhos. Candidata do Movimento JPNT
No seu discurso do 24º Congresso Nacional do Partido Socialista, o Dr. António Costa, numa confissão de última hora, também revelou um “segredo”, “O diabo não veio, não veio e não veio” pois “O diabo não veio porque o diabo é a direita.”
Nestas palavras e durante a totalidade do discurso, o actual Primeiro-ministro apresentou a governação de oito anos como um “rosário” de retumbantes sucessos, de realizações governativas de primeira água, trabalho que será retomada pelo seu pupilo, actual Secretário-geral do Partido, Dr. Pedro Nuno Santos, pupilo esse que teve de dispensar do seu último governo, já que o mesmo terá pecado “ou por acção ou omissão” no caso do milagroso donativo (apelidado no mundo dos negócios de indemnização) à Alexandra Reis aquando da sua saída da TAP.
Este último episódio complementa à perfeição o currículo de referido ministro para que todos os portugueses não duvidem das capacidades do Dr. Pedro Nuno Santos para o desempenho do papel de Primeiro-ministro de Portugal! Perante tão vasto currículo de decisões, nacionalizações e outros dispêndios de dinheiro público, não restam dúvidas que este último tem a capacidade para ser o nosso Primeiro à moda do PS!
Enquanto o PS foge da Direita como o diabo da cruz (se me permitem a expressão), aos “mártires” deste governo só lhes resta correr para as urnas e entregar os destinos do país nas mãos dos democratas que já no passado mostraram a capacidade de servir o País nos momentos difíceis em que o PS o fez mergulhar na indigência, já que ficamos de mão estendida à espera da ajuda monetária internacional.
As diabruras do Governo
Durante o ano passado, o Governo acolheu o Santo Papa em Portugal para as Jornadas Mundiais da Juventude não sem antes ter aprovado na véspera do 13 de maio, a lei da eutanásia que lá conseguiram passar após inúmeras apresentações e correcções sucessivas. Uma no cravo e outra na ferradura!
Apesar do mau estar que essa aprovação causou no Vaticano, tendo o Papa Francisco condenado no dia seguinte essa decisão, foram entregues medalhas indiscriminadamente a todas as figuras políticas envolvidas na Organização da JMJ.
Em jeito de preparação da vinda do Papa, algumas destacadas personalidades da esquerda badalaram a necessidade premente de rever a Concordata entre Portugal e a Santa Sé. A deputada Isabel Moreira, aquando desse debate, num artigo do Expresso de 07/03/2023 chegou a apelidar a Igreja de “infame” e “perigosa”. (Não terá sido “infame e perigosa” a atuação do governo do PS que nos obrigou a pedir a referida ajuda externa?)
Já os retornos económicos e turísticos deste evento foram bem-vindos e aplaudidos por todos os partidos e municípios de esquerda, até o Dr. António Costa em Setembro, num im/provável ato de contrição, foi ao Vaticano agradecer ao Papa a escolha do nosso país para a realização da JMJ.
Nos ambientes de amoralidade hodierno, resta-nos meditar a incontornável citação do escritor moralista francês do século XVII, François de la Rochefoucauld, A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.