Alva e Mondego com 24 milhões de euros para transformação da paisagem

O Município de Oliveira do Hospital acolheu uma sessão pública de debate sobre a proposta do Programa de Reordenamento e Gestão da Paisagem (PRGP) do Alva e Mondego.
A sessão, que contou com a participação do presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo, e da Diretora Geral do Território, Fernanda do Carmo, visou esclarecer e ouvir os participantes sobre as opções e propostas de reordenamento e transformação da paisagem, que abrange a totalidade dos concelhos de Oliveira do Hospital e Tábua e cinco freguesias do concelho de Arganil, com uma área total de 49 mil hectares.
Este instrumento de planeamento, que se encontra em discussão pública até 21 de novembro, é uma das medidas do Programa de Transformação da Paisagem que se destina a planear e programar a transformação da paisagem em territórios da floresta vulneráveis, visando promover uma paisagem multifuncional e resiliente, promover cadeias económicas diversificadas e sustentáveis e a remuneração dos serviços dos ecossistemas.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, sublinhou que o PRGP Alva e Mondego é “um relevante instrumento de política pública que temos de aproveitar. Temos de olhar para este documento, que está em discussão pública e que vai, por isso, recolher contributos e vai ser melhorado, como uma oportunidade que o território terá de agarrar para não desperdiçar estes incentivos. O PRGP Alva e Mondego representa captação de investimento para a região, o que implica a máxima divulgação”, frisou.
O autarca lembrou que de acordo com a proposta apresentada estão em causa cerca de 24 milhões para desenvolver, num horizonte de 10 anos, diversas ações prioritárias tais como as três Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, a execução de ações de restauro e de valorização das galerias ripícolas, mosaicos agrosilvopastoril, ou áreas estratégicas de mosaicos de gestão de combustível, a que se acrescentam onze estudos de ações complementares.
Por sua vez, a Diretora Geral do Território, Fernanda do Carmo, disse estarmos perante um instrumento, que a par de outros visam responder aos grandes incêndios de 2017, “para refletir a partir do planeamento do território o que pode ser diferente para o futuro”, assente em quatro grandes objetivos, “melhorar a resiliência deste território através da transformação ou da sua valorização, aproveitar a aptidão dos solos, dinamizar a economia rural, e inverter as tendências de declínio demográfico”.