Ministra do Ambiente reuniu em Seia com autarcas da Estrela para discutir novo modelo de gestão do Parque Natural
Publicidade

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, esteve em Seia para uma reunião com os autarcas dos seis municípios que integram o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), a convite da recém-criada Associação de Municípios do Parque Natural. Em cima da mesa estiveram propostas para a reformulação do modelo de governação da área protegida.

O encontro surge na sequência dos incêndios florestais deste verão, que voltaram a afetar de forma severa a Serra da Estrela, revelando, tal como em 2022, a “fragilidade do atual sistema de gestão, excessivamente centralizado e com reduzida ligação às comunidades locais”.

A Associação de Municípios do Parque Natural da Serra da Estrela – que junta os concelhos de Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia – defendeu junto da ministra a necessidade urgente de um novo quadro de governação, assente em princípios de cogestão e maior envolvimento dos municípios.

Durante a reunião, que decorreu sexta-feira na Casa Municipal da Cultura de Seia, os autarcas apresentaram à ministra um conjunto de propostas estratégicas para o futuro da Serra da Estrela, com enfoque na valorização ambiental, coesão territorial e sustentabilidade. Entre as medidas sugeridas estão a valorização do capital natural e a promoção do desenvolvimento sustentável, a criação de modelos de financiamento e fiscalidade territorial adaptados à especificidade da Serra da Estrela, a melhoria da eficiência e inovação na gestão dos recursos, bem como a definição de um planeamento territorial integrado, capaz de responder ao despovoamento e à vulnerabilidade económica e ecológica da região.

Para Luciano Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Seia e anfitrião do encontro, sublinhou a importância da Serra da Estrela enquanto referência nacional e europeia em matéria de desenvolvimento sustentável.

“A Serra da Estrela pode constituir-se como um verdadeiro laboratório nacional de políticas de desenvolvimento territorial e capital natural, com relevância a nível europeu, contribuindo para a transição climática, a coesão territorial e a afirmação de Portugal como referência em sustentabilidade”, sublinhou o autarca.

A Ministra do Ambiente e Energia escutou as preocupações e comprometeu-se a analisar as propostas apresentadas pelos municípios, numa altura em que se discute a reestruturação da gestão das áreas protegidas em Portugal.

Partilhe este artigo...