Publicidade

O Município de Gouveia e a Associação Veredas da Estrela inauguram, no próximo dia 19 de maio, o novo percurso pedestre “Veredas e Barrocas” (PR8 GVA), entre Figueiró da Serra e Freixo da Serra.

Segundo uma nota da autarquia, a pequena rota circular interliga as duas aldeias por caminhos e veredas, e convida a descobrir vales verdejantes e vistas panorâmicas, mas também os vestígios de uma paisagem de montanha outrora resiliente e práticas de regeneração do território que visam dar nova vida aos ecossistemas e às comunidades.

No dia de inauguração, os participantes terão a possibilidade de fazer a rota completa ou descobrir uma parte do trilho num passeio interpretativo.

O programa terá início pelas 08:30h, com uma caminhada de longa duração (13km/4h30), em que será percorrida a Pequena Rota PR8, entre Figueiró da Serra, as Regadas e Freixo da Serra.

Após a abertura oficial com os parceiros, pelas 10:30h, tem início o passeio interpretativo que será acompanhado por Joel Correia, arqueólogo da Câmara Municipal de Gouveia, e Ricardo Brandão, do CERVAS – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, que irão partilhar conhecimentos sobre o património arqueológico e a biodiversidade locais, entre Figueiró e Linhares (4,6km/2h30). Além disso, o passeio dará a oportunidade de visitar alguns dos locais de intervenção da Veredas da Estrela, incluindo um souto de 10 hectares que a associação começou a recuperar. A iniciativa termina com um almoço conjunto em Figueiró da Serra.

A participação nesta atividade é gratuita, mas requer inscrição prévia, até ao dia 16 de maio, que deverá ser efetuada através da página do Município ou no Posto de Turismo.

O percurso pedestre de 12,3km e um desnível de 688 metros foi elaborado a partir de um projeto do Município que a Associação Veredas da Estrela enriqueceu com conhecimentos locais sobre caminhos e lugares quase desconhecidos. A associação, que nasceu após o incêndio de agosto de 2022 com o objetivo de regenerar os ecossistemas em torno das duas aldeias, deu especial importância à integração de veredas na rota, os caminhos estreitos criados por humanos, rebanhos ou pela vida selvagem que deram o nome a esta iniciativa comunitária.

Além disso, a rota permite conhecer alguns dos locais que, até ao século passado, eram fundamentais para uma economia local sustentável: os moinhos da Fraga onde os cereais cultivados nas redondezas eram moídos para depois serem transformados em pão caseiro, a antiga fábrica têxtil de Figueiró da Serra que dava uso à lã local, e ainda os bosques de castanheiros que em muito contribuíram para a alimentação das famílias.