Operárias dos lanifícios da Serra da Estrela homenageadas em Seia
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O Movimento Estrela Viva vai promover este sábado, 20 de abril, uma homenagem às operárias dos lanifícios da Serra da Estrela, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

A homenagem com o título “Que Força É Essa?” vai decorrer no Conservatório de Música de Seia, a partir das 17:00h.

“Vamos homenagear as mulheres operárias dos lanifícios da Serra da Estrela e assim celebrar Abril, o ‘nosso’ Abril, um Abril serrano contado no feminino porque a liberdade também passou por aqui”, refere uma nota do Movimento Estrela Viva.

O evento terá vários momentos distintos como a projeção da curta-metragem documental “Trama”, de Luísa Neves Soares, e uma roda de conversa sobre “O lado feminino dos lanifícios – histórias de resiliência e de resistência”, moderada pela jornalista Sandra Rodrigues (diretora do Jornal do Centro), com a participação de antigas operárias e sindicalistas dos lanifícios e de novas empreendedoras do setor.

A conversa vai contar com as presenças de antigas operárias da fábrica Vodratex, de Maria do Céu Ferreira (Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Alta), Luisa Neves Soares (realizadora e artista visual), Inês Barreiros (tecedeira) e Isabel Costa (Burel Factory).

Haverá ainda um momento musical com “as cantigas da nossa fábrica”, pelo Grupo de Ex-operárias Vodratex: Geração em Ação, de São Martinho, que vão recordar os convívios passados naquela unidade têxtil de Vodra.

Com esta homenagem, a organização quer “desfiar o novelo de histórias que estas mulheres têm para nos contar e que fazem parte da nossa memória coletiva, património imaterial que integra a matriz identitária de toda a nossa região. Queremos urdir o fio condutor que nos levará por novos caminhos até ao futuro deste nobre ofício”.

O evento tem ainda como objetivo “cardar e desembaraçar as histórias de luta no feminino para valorizar as conquistas conseguidas nos direitos dos trabalhadores e das mulheres, e salientar o que ainda falta fazer”.

O Movimento Estrela Viva sustenta que os direitos conquistados em Abril “não podem ser dados por adquiridos”.

“Tudo é reversível, assim o demonstram os tempos que vivemos. Por isso, hoje mais que nunca, cinquenta anos volvidos sobre a Revolução da Liberdade, gritemos Abril bem alto!”, apela.

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